Artigo do Barbosa Nunes
O Grande Oriente do Brasil, instituição histórica
fundada em 17 de junho de 1822, gerada por ideais comprometidos com a
Independência do Brasil, tem posicionamentos muito transparentes e públicos
quanto a nossa independência política e persevera na defesa da família e da
juventude com o Programa Maçonaria a Favor da Vida – Contra as Drogas.
Foi de fundamental importância a participação na
aprovação da Lei “Ficha Limpa”, idealizada por este missionário maçom do GOB –
Maranhão, juiz de Direito, Márlon Reis, iniciativa que retira da possibilidade
de concorrer nestas eleições, fichas
sujas como Paulo Maluf, Arruda e outros tantos. Continua o Grande Oriente do
Brasil integrado à iniciativa do mesmo autor, já coletando assinaturas para a
Reforma Política, sem a qual continuará o país no vicio de administrar por
conchavos e apoios que exigem compensações, que dão origem a casos escandalosos
como é rotina, sobretudo nos últimos tempos.
Maçonaria a Favor da Vida – Contra as Drogas, foi uma
inspiração que Deus nos encaminhou em 1997 e na administração do Grão-Mestre do
Grande Oriente do Estado de Goiás, José Ricardo Roquette, instituímos este
trabalho de prevenção ao uso de drogas, posteriormente nacionalizado pelo
Grão-Mestre Geral Francisco Murilo Pinto e na sequência até os dias de hoje,
com forte empenho e suporte do ex-Grão-Mestre Laelso Rodrigues e do atual,
Marcos José da Silva.
Há em cada unidade da Federação, denominada Oriente
Estadual, um coordenador que desenvolve junto às mais de três mil Lojas,
escolas e comunidades em geral, atividades de orientação e formação de
multiplicadores, especialmente, junto a jovens, professores e pais.
Recentemente e simbolizando um caminhar para
independência de consciência sobre o mal do uso e abuso das drogas, foi
realizado mais um encontro desses coordenadores em Brasília, no Palácio Jair
Assis Ribeiro, sede do Grande Oriente do Brasil, encerrado no dia 7 de
setembro, data em que a Maçonaria há 192 anos foi peça decisiva na libertação
do jugo português.
Ao estudo durante este encontro compareceram
especialistas das áreas de saude, psicologia, direito, assistência social,
segurança pública, empresarial, educação e profissionais liberais, que praticam
em seus estados a missão continuada em todas as Lojas Maçônicas à promoção da
prevenção primária ao uso e abuso de drogas, através da integração família,
escola e comunidade, capacitando multiplicadores para melhor qualidade de vida.
Ouviram o sociólogo norte americano Kevin Sabet, que
durante dois anos foi assessor do presidente Barak Obama, para o mesmo tema, em
projeção enviada pelo conhecido médico Ronaldo Laranjeira, presidente da
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e palestra de
encerramento da Secretária Nacional de Segurança Pública, cunhada Regina Miki,
ambos muito preocupados com a possibilidade da legalização da maconha em nosso
país.
A estrutura de Maçonaria a Favor da Vida é composta
pelo Grão-Mestre Geral Marcos José da Silva, Coordenação Nacional sob nossa
diretriz e Coordenadores Estaduais, em todas as unidades da Federação, sem
exceção, formando uma malha profundamente atuante neste assunto que preocupa
muitos pais, lamentavelmente, atraindo jovens e de forma enganosa, procurando
convencer adultos de que o uso de substâncias químicas que provocam
dependência, pode ser controlado pelo próprio usuário.
Para demonstrar a seriedade, empenho e abrangência
desses Coordenadores Estaduais, aqui os identificamos, estado por estado:
Marcondes Freire Montysuma (Acre), José Antônio Soares Campos (Alagoas), Luiz
Carlos Pinheiro Borges (Amapá), Paulo José da Costa Santos (Amazonas),
Veruschka Hana Sakaki Monteiro (Bahia), José Demontier Guedes (Ceará), Marco
Antônio de Sousa Silva (Distrito Federal), Júlio Cesar Randow Santana (Espírito
Santo), Alberto Alves de Oliveira (Goiás), Carlos Wilson Rolim de Castro
(Maranhão), Hélio Marcelo Pesenti Sandrin (Mato Grosso), Sérgio Luiz Gonçalves
(Mato Grosso do Sul), João Bosco da Costa Paz (Minas Gerais), Augusto Roberto
de Castro Simões (Pará), Guilherme Travassos Sarinho (Paraíba), Milton Batista
Mendes (Paraná), Marcelo Geovane Albuquerque Rocha (Pernambuco), Paulo Roberto
de Araújo Barros (Piauí), Robinson Botelho de Faria (Rio de Janeiro), Newton
Mousinho de Albuquerque (Rio Grande do Norte), José Luiz Kloeckner (Rio Grande
do Sul), Nilton Gonçalves Kisner (Rondônia), Raimundo Nonato Rodrigues Coelho
(Roraima), Otávio Tadeu Aguiar Andrezzo (Santa Catarina), Helsi Negrão Fazzio
Júnior (São Paulo), Pedro Jorge Pinho Nogueira (Sergipe), Joaquim Cesar Schaidt
Knewitz (Tocantins).
Após discutirem e aprofundarem o estudo com muito
equilíbrio, sensatez e primando pela linha orientativa do Grande Oriente do
Brasil, em defesa da família produziram um documento de posicionamento quanto
ao projeto em tramitação no Congresso Nacional, com relatoria do senador
Cristovam Buarque, diante da possível legalização da maconha no Brasil,
fundamentados, sobretudo, na força econômica da indústria do álcool e do cigarro,
referindo-se a uma possível industrialização da maconha que será conduzida por
este mesmo setor empresarial.
Documento recebido e apoiado pelo Grão-Mestre Geral
Marcos José da Silva que será remetido aos Grão-Mestres Estaduais, Veneráveis
de Lojas e oficial e pessoalmente ao senador relator. Eis o seu texto integral:
“Os Coordenadores Estaduais do Programa Maçonaria a
Favor da Vida – Contra as Drogas, reunidos em Brasília, Distrito Federal, nos
dias 5, 6 e 7 de setembro de 2014, na
sede do Grande Oriente do Brasil, recomendam, de forma uníssona, ao Grão-Mestre
do Grande Oriente do Brasil, o posicionamento contrário da Potência à
legalização do uso da maconha ou qualquer outra substância entorpecente
ilícita, sob qualquer pretexto, salvo pesquisas científicas na área da saúde.
Relativamente à legalização da maconha, compreendem os
signatários, reverter-se em falsa premissa, a ideia que a legalização referida
aplacaria o tráfico, na medida em que a figura do traficante continuaria
existindo, desta feita, com a agravante de concorrer com o Estado, vendendo de
subterfugio a droga referida a preço módico.
Ademais, como é cediço, somente 3% (três por cento) da
população brasileira consta usar a droga em apreço, importando a legalização
combatida em perigoso acesso à juventude brasileira à droga em comento,
mormente com a consciência de que um em cada seis garotos que começam a usar a
citada droga na adolescência fatalmente se tornará um dependente, com
gravíssimos riscos à sua formação corpórea, posto que seu cérebro só fica
completo por volta dos 21 (vinte um) anos, pelo que vulnerável a exposição ao
tetrahidrocanabinol (THC), um dos principais componentes da maconha, podendo,
por isso, ter diminuída sua capacidade cognitiva.
É importante, pois, questionar: A quem interessa a
legalização?”
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de
polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br.